Nos primeiros dias de estágio já percebi que teria muitos desafios, pois estava entrando num ramo totalmente desconhecido por mim, o mercado financeiro, e sabia que se tratava de um mercado enorme e complexo. Comecei a ter algumas explicações dos demais funcionários sobre como funcionavam as coisas, como era o fluxo de negócios, etc; peguei algumas apostilas e através de exemplos numéricos e gráficos comecei a assimilar os conceitos mais básicos. Então passei a explorar o sistema Risco2000i para associar a teoria com prática.
Neste ponto, novamente surgiram desafios: mesmo conhecendo a linguagem de programação, estava lidando com um sistema voltado pra uma área que fazia poucos dias que eu estava em contato; além disso, até aquela fase profissional era o maior sistema que eu já havia trabalhado, com mais de 150.000 linhas de código sem contar a DLL. Comecei a explorar a codificação com o objetivo de acompanhar o fluxo dos dados, fazendo um paralelo do que estava sendo feito e o que estava sendo exibido, para assim entender melhor a lógica de negócios aplicada no sistema. Só então me senti a vontade para começar a mexer no sistema, começando com alguma pequenas manutenções no mesmo e inclusão de alguns módulos novos.
As frustrações que tive sempre ficaram focadas na parte de desenvolvimento: ou não conseguia aplicar
tudo o que havia aprendido no BCC devido a linguagem utilizada não comportar ou pelos prazos não permitirem,
ou aprendia novas coisas
na faculdade que seriam a melhor saída para um projeto passado, mas que já estava concluído. Por outro lado, muitas
vezes diversos problemas foram resolvidos com o aprendizado diário, o que fazia com que ocorresse um entendimento
melhor tanto da teoria recém-aprendida, quanto do problema a ser resolvido no estágio.