Após minha contratação, percebi já nos primeiros dias de trabalho que aquela primeira impressão era realmente a metodologia de trabalho da empresa, aliando responsabilidades com a descontração, sempre com o objetivo de obter resultados, mas sem viver num ambiente de stress. Notei isso em diversos pontos: seja no layout das mesas na empresa, com todos tendo uma visão semi-global de toda a extensão da mesma - sem divisórias ou paredes -, seja na necessidade de traje social apenas no contato com clientes, deixando os funcionários mais a vontade no dia-a-dia, ou ainda nas conversas de cobranças ou elogios que ocorriam quase que diariamente.
Todos os projetos eram executados em grupos, desde a especificação, modelagem, passando pela codificação, até a instalação, ocorrendo algumas vezes pessoalmente e em outras remotamente. Na especificação do problema, que normalmente era realizada por uma pessoa ligada mais a parte matemática e/ou estatística, sempre houve muita clareza e uma grande riqueza nos detalhes. Na modelagem e codificação era comum os programadores envolvidos debaterem entre si tanto na definição de algoritmos, quanto na escolha dos componentes utilizados e layouts para o usuário.
A atribuição de tarefas e responsabilidades normalmente eram feitas em reuniões, algumas com toda a equipe e outras apenas com as pessoas envolvidas; a partir daí, prazos eram estabelecidos (na maioria das vezes em comum acordo) e periodicamente os resultados eram analisados, sendo que por vezes houve necessidade de uma extensão no prazo ou remanejamento na equipe e por outras a evolução do projeto foi tão boa que os prazos foram cumpridos a risca ou com certa folga. Sempre houve muito cuidado com a documentação do código e controle de versões, o que era feito utilizando um repositório (CVS), para facilitar manutenções futuras no código ou garantir um rollback no caso de alterações mal sucedidas.