Felipe

A proposta desse TCC surgiu ao assistir (na verdade o Mateus Rocha que estava nessa apresentação) uma proposta do pessoal da Bossa Nova Films para disciplina de Laboratório de Métodos Ágeis sobre o Paratii, um projeto que eles queriam desenvolver em que os usuários pudessem publicar e monetizar vídeos da maneira que bem entendessem sem a necessidade de uma autoridade que controlasse esse sistema, utilizando a plataforma Ethereum para isso. A princípio não ficou muito claro pra mim como isso seria possível, mas a idéia do projeto era bastante interessante e como esse projeto não foi escolhido na disciplina de métodos ágeis, eu e os outros integrantes do grupo fomos conversar com o Alfredo para desenvolvermos esse projeto como nosso TCC.

O desenvolvimento desse projeto foi um grande desafio, pude trabalhar com pessoas de outras parte do mundo, aprendi diversas linguagens e tecnologias novas e contribui para um projeto que pode revolucionar a maneira como os vídeos são distribuídos atualmente.

Durante o desenvolvimento o grupo práticas agéis, e isso ajudou muito em alguns momentos. As seções de programação pareada ajudaram muito principalmente no começo do desenvolvimento quando eu tinha pouco conhecimento da linguagem e framework utilizados.

Como boa parte da equipe não mora no Brasil, a comunicação se deu através do Gitter do Paratii e reuniões remotas, essas que algumas vezes não consegui acompanhar porque estava trabalhando a tarde, mas esse problema foi novamente atenuado graças as seções de programação pareada.

Apesar de boa parte do tempo eu, assim como o resto do grupo, ter trabalhado com Meteor e Javascript, consegui ter uma boa visão de como o Ethereum funciona e como foi possível integrá-lo à aplicação Meteor que desenvolvemos durante o TCC.

Ainda que o Paratii não tenha ficado completamente pronto até o fim desse TCC acredito que o grupo contribuiu bastante para o desenvolvimento do projeto e num futuro próximo certamente ele estará disponível publicamente.

Hugo

Antes de conhecer o Paratii eu estava muito preocupado com a escolha do tema, pois não queria nada teórico relacionado a pesquisa ou estudo de algum assunto. Assim, quando nós três fomos ao Bossa Nova Studio entender a proposta da plataforma, logo percebi que era nisso que eu gostaria de me dedicar para o Trabalho de Conclusão de Curso. Uma vez aceito o tema, ao estudar mais sobre o Ethereum e suas possibilidades, percebi que de fato é algo que surgiu pra mudar a computação. o Paratii em si, em um cenário ideal, tem potencial para ser um grande concorrente aos serviços de distribuição de vídeo que dominam o mercado hoje em dia.

Iniciando o desenvolvimento, tudo foi um grande desafio de aprendizado. Tinha muito pouco conhecimento de JavaScript e precisei estudar bastante sobre blockchain e as outras tecnologias envolvidas para entender como a plataforma se comportaria. Nesse sentido, a programação em pares foi muito proveitosa, pois um ia ensinando ao outro coisas novas que havia estudado sobre o desenvolvimento, tornando possível começar a contribuir mais rapidamente. Outro fator importante para o aprendizado foi trabalhar em conjunto com outros times e pessoas experientes. Mesmo sendo um contato praticamente só por video-chamadas, foi possível conhecer várias ferramentas e formas de organização utilizados nos projetos reais no mercado.

Minha maior dificuldade foi conciliar o desenvolvimento do Paratii com as outras disciplinas na graduação. Durante o ano, foi preciso tirar vários atrasos de matérias que deveriam ter sido feitas em semestres anteriores, e por conta disso, precisei fazer mais créditos do que o costumeiro para o último ano do curso. O fato de termos marcado horários fixos de programação pareada ajudou bastante a manter a disciplina e ter uma rotina para o desenvolvimento do projeto. Infelizmente, em semanas de entrega de trabalhos e provas, precisei deixar em segundo plano e diminuir o ritmo de contribuição, mas sempre procurando acompanhar a evolução da plataforma.

No fim, fiquei bastante contente com a contribuição que demos ao Paratii e com o aprendizado que tive, tanto em técnica quanto em trabalho em equipe. A disciplina proporcionou expriência real no desenvolvimento de serviços de software, e é justamente o caminho que iremos seguir na computação. Sou bastante grato por ter feito parte do desenvolvimento desse projeto open source e tenho bastante expectativa no crescimento do Paratii

Mateus

Desenvolver um sistema grande que possibilitou o contato com tecnologias inovadoras foi muito gratificante. Como cursei muitas disciplinas da trilha de sistemas, me pareceu que eu tinha uma boa carga de conhecimento teórico e prático para o desenvolvimento de sistemas. O desejo de contribuir em um projeto open-source só aumentou após conhecer métodos ágeis e como eles facilitavam a organização de equipes e otimizavam a qualidade do código.

No início do projeto consegui contribuir bastante, a utilização de programação pareada se mostrou muito eficaz facilitando a aprendizagem de uma nova linguagem (JavaScript e Meteor.js). No segundo semestre o ritmo diminuiu, principalmente com a falta de horário para programação em par, e começou a ser difícil acompanhar o desenvolvimento do projeto com o aumento de colaboradores. Consegui participar de quase todas as reuniões até Outubro, quando o foco saiu do sistema para a escrita de monografia.

Sobre o desenvolvimento, acho que consegui entregar uma boa quantidade de funcionalidades com boa qualidade de código. Após uma aula de Git que tive em Laboratório de Métodos Ágeis, acho que meus commits ficaram melhores e meus pull requests mais completos.

Tentei sempre manter uma visão crítica na organização do código, repositório e equipe. Informei algumas insatisfações, como a escolha da biblioteca de testes e a qualidade do linter, no Gitter (principal canal de comunicação), porém acho que podia ter contribuido mais. Como criado padrões de testes, otimizado a integração continua, ou seja, não ter sido só um desenvolvedor, mas algo próximo de um DevOps.