IME e o estágio

Notei diferenças com relação ao método de trabalho na empresa e na faculdade. Certamente, a mais significativa está relacionada com o contexto de desenvolvimento de software. Apesar dos fins didáticos e da nota, a cobrança para que um EP esteja livre de bugs é menor que a de um sistema que entrará em produção. Mesmo um EP funcionando parcialmente pode resultar ao aluno uma nota razoável, mas um bug pode trazer grandes problemas para uma empresa.

Outra diferença é a maneira como os problemas são apresentados. Enunciados de EPs definem corretamente (mas há exceções) a natureza do problema a ser resolvido e fornece informações suficientes para a resolução. Todavia, profissionais devem estar preparados para desenvolver funcionalidades mesmo sem ter recebido informações suficientes para o desenvolvimento.

Constatei a importância de planejamento e documentação de projetos na empresa, aspectos já enfatizados em Engenharia de Software aos quais eu não havia atribuído grande relevância. Documentar a especificação de um projeto não é uma atividade muito empolgante, ainda mais porque estou acostumado a planejar e arquitetura e as funcionalidades de uma aplicação ao mesmo tempo que codifico, "metodologia" altamente compatível com os EPs. Entretanto, após ter cursado Programação Extrema, acredito em formas alternativas e eficazes às metodologias tradicionais.

Quanto ao ambiente de trabalho, deparei-me com semelhanças em certos momentos, pois convivi com pessoas que também são do BCC-2001, tendo a oportunidade de ajudar e pedir ajuda.

Quanto à conciliação entre estágio e faculdade, não enfrentei grandes problemas. Como não havia disciplinas pendentes de anos anteriores, a carga horária de aulas não foi intensa. Mas o principal fator de ajuda foi a flexibilidade de horário do estágio.